22 de dezembro de 2011

Castanho .

A preferência por olhos claros sempre fora uma característica forte nela. Verdes lindos, mas ainda assim, se pudesse escolher, escolheria os azuis. Lembravam-na do mar e do céu, tão infinitos quanto seus sonhos. Não que desprezasse os outros, era mesmo somente uma questão de preferência. Mas uns escuros chamaram sua atenção. Não sua coloração, mas sim seu modo de ver. Eles conseguiam ver o que tinha dentro dela. Eles a encontravam numa multidão, no escuro, nos sonhos. Então ela percebeu uma coisa tão sutil quanto um piscar de olhos. Tudo mudara: o modo de respirar, de sentir, de ver. O batimento acelerou, as mãos cruzaram-se atrás do pescoço e os corpos se aproximaram e as borboletas surgiram. Ela mudara uma opinião de anos naquele simples beijo. Porque a cor dos olhos é totalmente indiferente quando eles se fecham e as cabeças se aproximam. E nesse momento, só alguns conseguem enxergar o que não se pode ver. 

Giovanna Malavolta

17 de dezembro de 2011


Para você conseguir fazer alguém feliz, você tem que ser plenamente feliz sem essa pessoa ao seu lado. Amores não são muletas, são bônus.

think, thinking, thought .

Os realistas também sonham, só que eles fazem isso de olhos abertos.
Na verdade, bem abertos.

Giovanna Malavolta

5 de dezembro de 2011

Margaridas

Ela começou a interminável ladeira a qual um dia fora tão curta. Mas naquele momento, não tão distante assim, mas longe o suficiente para refletir um sorriso e não mais um vazio, o cansaço ofegava. Céu cinza, vento gélido e um silêncio moderado de uma grande cidade não eram nada comparados à solidão que a acompanhava sem ficar para trás. Com os braços cruzados e os olhos não mais vivos e direcionados ao horizonte, ela subiu, reparando pela primeira vez na calçada em que pisava. Até que uma casa, aquela casa, chamou sua atenção como o de costume. Paredes amarelas, janelas azuis e um imenso jardim.. Este que sempre tivera aqueles anões atormentadores, com olhos grandes e gentis demais, juntamente aos cataventos. E quando ninguém parecia notar sua presença, nem mesmo os pássaros, elas sorriram. De um modo que somente elas sorriam. Então, ela, delicadamente, apanhou uma e decorou os cabelos ondulados junto a um grampo. E também expressou o que poderíamos quase classificar como um meio sorriso. E hoje, ao passar por lá novamente, cumprimentou-as, depois de tantos anos. Mas elas não ligavam para a pele envelhecida, ou as mãos já não tão joviais, ou mesmo o cabelo curto. Elas sorriram e se deixaram apanhar com a mesma vontade de 50 anos atrás. 

Giovanna Malavolta

17 de outubro de 2011

* O Teatro Mágico


Você me bagunça . . 
Você me bagunça e tumultua tudo em mim 
Essa moça ousa, musa, abusa de todo meu sim 
Você me bagunça e tumultua tudo em mim 
E ainda joga baixo, eu acho, nem sei, 
Só sei que foi assim 
Assimila, dissimula, afronta, apronta, diz: "carrega-me nos abraços" 
Lapida-me a pedra bruta, insulta, assalta-me os textos, os traços 
Me desapropria o rumo, o prumo, juro me padeço com você 
Me desassossega, rega a alma, roga a calma em minha travessia 
Outro "porquê" 
Parece que o coração carece e diz: "pára!" 
Silencia. 
Se embrulha e se embaralha, 
Reconsiderar o ar, o andar , nossa absolvição, a escuta e a fala 
Nos amorizar o dia, fio, corredor, a calçada, o passeio e a sala 
Se perder sem se podar e se importar comigo 
Aprender você sem te prender comigo 
Difícil precisar quanto preciso 
Difícil precisar quanto preciso

hey, you .

there's a girl behind this wall who doesn't give a shit . . there's a girl, inside that empty heart, who seems doesn't care at all. you just walked through it, tough. you used to say that I was the strangest and the most different person you had ever seen . . I wish you still feeling the same, in hopes that you wouldn't never let me go away 'cause I'll do my best to make you realize we are perfect for each other. . I don't know what it is . . . all these butterflies or words running down around my head. However, someone told me it calls "love".

1 de outubro de 2011

Pessoas sob medida .

     Gritos e disparos, agitação e sangue, lágrimas e silêncio. Assim se caracteriza o Tratamento Ludovico, abordado no filme "Laranja Mecânica", para consertar mentes deturpadas de acordo com conceitos éticos visando o bem-estar social. Apresenta-se, para os defensores dos direitos humanos, como um abuso, para os conservadores, como uma salvação. Até onde o poder do Estado deve ir entre a individualidade e a proteção de um todo?
     A reintegração social de delinquentes é uma meta ambiciosa para sociólogos e psicólogos. Baseando-se em teorias defensoras de um Estado Constrangedor, como as de Thomas Hobbes, nota-se a criação e tal método sendo uma oportunidade para a inserção do condicionamento clássico na sociedade. Contudo, princípios absolutistas foram derrubados há mais de um século e o Leviatã é visto como algo fora da realidade contemporânea.
     Já ao ver de Emile Durkheim, o fato social molda as pessoas e determina os conceitos que por elas serão absorvidos e praticados. Caso os avanços da medicina na área cerebral sejam eficientes, o poder do Estado poderá desvincular-se de apenas consertos e usufruir de tais técnicas para ditar comportamentos e criar moldes culturais. Dentro de um cenário como esse, a palavra liberdade é banida do vocabulário e a individualidade se esvai. Rasgar o véu tornaria-se apenas uma lenda, uma história sussurrada pelos mais velhos e abstrata para os jovens. 
     Observa-se também o fato de que, por enquanto, os experimentos feitos em jovens assassinos propões a ausência de um futuro violento. Não deveria, o governo, ao invés disso, evitar um presente violento? Programas sociais e auxílio a famílias dilaceradas mostram-se mais plausíveis do que seres humanos sendo usados como ratos de laboratório.
     Investimentos em topos de pirâmides são úteis, entretanto não resolvem problemas de base. Controlar a mente do homem não é algo natural e fácil de ser aceito. Utilizar-se do princípio de que os fins justificam os meios é abrir uma porta a um caminho onde, pouco a pouco, cairíamos em uma realidade de um admirável mundo novo, onde a ridicularização da lobotomia seria uma hipocrisia. 

Giovanna Malavolta,
dissertando.

19 de setembro de 2011

Olhei-me no espelho e vi uma parte de mim que há muito não encontrava,
uma parte que não parece minha,
e isso me apavora.

G.M.

11 de setembro de 2011

* Rentato Russo


 Não tenho medo do escuro, mas deixe as luzes acesas agora
 O que foi escondido é o que se escondeu
E o que foi prometido ninguém prometeu
 Nem foi tempo perdido
 Somos tão jovens 
 Tão jovens 
. . .

Insônia .

A vida é frágil demais para ser deixada de lado. Em momentos como esse, de perda, fico a me perguntar o porquê de tantas coisas. Será eu madura o suficiente para enfrentar todas essas armadilhas sozinha? Afinal, você nunca saberá quem continuará ao seu lado, todos os dias, para te levantar. O importante seria nos aguentarmos em nossas duas pernas apenas, contudo, quando encontro a morte cara a cara, ela consegue simplesmente tirar todo o meu chão. Morte. Tem gente que tem medo, tem gente que acha natural, tem gente que nem pára para pensar nisso. Ela acontece com todos, esqueça esse papo de super saiyajin. Entretanto, a tensão ao ler esse nome, ainda não explicado pela ciência, ou melhor, explicado em algumas linhas não tão satisfatórias: fim das funções vitais, fim da vida, percorre meu corpo. Com você isso também acontece? E a expressão valer a pena? Isso existe mesmo? Se sim, por que pensamos tanto antes de tantas atitudes, aplicamos em nossas vidas to be or not to be ? Se não, o que estamos fazendo aqui mesmo? Prefiro a escolha do sim. Conhecer o mundo pode ser perigoso demais para a mente, mas é algo fundamental para o coração. A vida não é justa, seja lá o que justiça signifique para você, mas ela não é "certa", digamos assim. Não existe esse negócio de lei natural das coisas nem muito menos eternidade. Então, por que deixar para amanhã o que você pode fazer hoje? Pessoas vão embora fora de nosso controle e dói. Acredite, caso você não tenha perdido alguém, dói. O pior sentimento que pode-se sentir é: eu deveria ter . . . Caso você deveria, por que diabos não fez? Mesmo assim vá em frente, mas volte atrás. Como diria uma música que particularmente adoro: o passado não condena, só talvez não viva mais. Dizer que ama, ser "fofo", ou se declarar não é vergonha, tudo bem, gera vergonha, mas não é nada errado. Pode ser a última vez, talvez seja. E eu não acreditaria em uma teoria ou qualquer cálculo esotérico para descobrir o grande dia da partida, desculpe. Portanto, diga. Eu não tenho medo de ser brega, sentimentalmente falando, talvez eu seja até a última romântica desse oceano atlântico. Bom, onde quero chegar com tudo isso? VALORIZE . Desentendimentos são comuns,  cada um com seu cada um, mas brigas são coisas infantis de quem não sabe conversar. Cresça, amadureça e vá viver. Apaixone-se não só pelo seu amor, mas por pessoas, como amigos, por momentos, por músicas, pelo o que você faz. Tenha sua opinião formada, com fortes argumentos, e siga em frente. Força é algo que não falta no ser humano e há sempre uma forma de chegar. 


Giovanna Malavolta

10 de setembro de 2011

* Eat, Pray, Love .


dolce far niente (italian) : the sweetness of doing nothing . 




Corda bamba .

É em momentos como esse que eu sinto uma falta incompletível do amor. Me pego inventando palavras ao tentar preencher esse vazio que sinto, em que vocábulos já criados não são o suficiente para completar as lacunas vazias de versos mudos e imperfeitos. Instantes em que me encontro perdida em pensamentos, com uma roupa qualquer ou talvez um pijama improvisado, com os cabelos bagunçados e uma maquilagem simples, que você adoraria ver e com certeza ao me encontrar abriria um sorriso dizendo para eu me olhar no espelho e nós riríamos juntos de todo esse meu jeito errante. Momentos como esse, em que meu único desejo seria deitar no tapete com você, encostar a cabeça em seu corpo como um travesseiro e sentir sua respiração calma, seu batimento acelerado e ouvir você contando de seus sonhos, ao olhar para cima e ver todos eles projetados no teto como uma tela de cinema, e planos para os tantos futuros que nós temos. Construções feitas desde o pretérito até o presente, podendo apoiá-lo em todas e participar de outras. Quero os abraços quando eu não aguentar sozinha e mesmo assim não ceder, os sussurros de boa noite para temperar os sonhos, o ciúmes incontido demonstrando o cuidado, os beijos apaixonados para calar as brigas, e os seus olhos para compreender todas essas situações. Quero a sinceridade. Quero tantas coisas. A falta do romance me enlouquece de tanta lucidez a qual me obriga a enxergar. E assim eu sigo, cambaleando na fronteira da loucura, beirando a razão. 

Giovanna Malavolta

I don't need "easy", I just can't have so "hard" .

Maybe I just lost the way since you’d rather leave than stay in my arms. The words persist in rebel, don’t wanna go way of my mind and they’re strangling my heart. Taking my breath away and I don’t know what all these feelings mean. I love, I hate, but even more, I miss. A part of me is asking me how could I set it up and end up so empty. I guess I don’t have the answers yet. Perhaps, ‘cause I gave up believing. Or misunderstood what love really is. Pretending be stronger than I can perform. 

Giovanna Malavolta  

3 de setembro de 2011

.

Eu estou cansada de tudo isso.

1 de setembro de 2011

DESABAFO.

Você não sabe como as pessoas são realmente belas, não tente me convencer do contrário. Enquanto se apegar a coisas pequenas como aparência, irá continuar a se decepcionar com sua tão estimada vaidade. Traços são degradáveis, o espírito é imortal. Então pare com essa conversinha recheada de tópicos fúteis de ele ou ela ser muito "bonito" para o outro, isso é coisa de gente que vê cara e não coração. Superficialidade não leva a nada, salvo a troféus descartáveis para sua preciosa estante. 

Giovanna M.

31 de agosto de 2011

Messy .

You said to me not to dream with forever and with the idea os things are meant to be or not. So what? I don't care if you disagree. I believe, I have to. Without this concept, life turns too hard to carry. I'm drowning in time... Just lost the feeling somewhere. Am I able to love again? Why no one can catch my attention? I'm blue. I'm feeling so empty, deep in the loneliest sound which someone could hear. "Stay a little more, honey. I love you." There's such long time I haven't said cozy words as these. Why am I so alone? Don't I deserve make someone happier? They say I have to wait the right time. I'm tired of listening to the same phrases. I wanna make or figure out the right time. But I can't fix me alone and I won't let myself close enough to hurt you. I'm not supposed to do this. How can I let you go, though? I wasn't happy the day I watched you walk away. Lately, someone told me: "Don't think, just do." Should I? 


Giovanna Malavolta

* William Shakespeare

Você diz que ama a chuva, mas você abre seu guarda-chuva quando chove. Você diz que ama o sol, mas você procura um ponto de sombra quando o sol brilha. Você diz que ama o vento, mas você fecha as janelas quando o vento sopra. 
É por isso que eu tenho medo. 
Você também diz que me ama.

DESABAFO.

Foi assustador encontrar tudo o que eu sempre quis em um só olhar.
Mas foi incrível.

G.M. 

28 de agosto de 2011

- RETICÊNCIAS

Ela não conseguia mais escrever, dessa forma simples assim foi se perdendo, pouco a pouco, sem saber onde colocar um ponto final em toda aquela confusão contínua em sua mente, sem mesmo uma pausa para respirar no cansaço já maior que sua força, maior que sua capacidade de esquecer, perdida nos tantos dias em que já não dormia, apenas pensando em porquês ou talvez porquê não, sem encontrar respostas em um coração, de forma repentina, transformado em algo vazio, gelado, descrente em qualquer palavra tentada a explica-la o amor, dar respostas, ah, essas eram as piores, só a confundiam mais ou a faziam perceber que talvez ela devesse mesmo continuar sozinha, mesmo não querendo estar sempre sozinha em meio às multidões indiferentes sem a diferença que ela sente tanta saudade, sente uma vontade de ir embora, qualquer lugar que a faça pensar menos, mas não seja longe o bastante para fazê-la esquecer, não, ela não queria esquecer, apesar de tudo, lembrar era uma das poucas coisas que a mantinham afastada de sua lucidez perigosa de onde surgiam todos aqueles questionamentos, todas as acusações em primeira pessoa as quais ela não tinha meios para se defender, e em meio a sua maturidade precoce, aceitar que ela era mesma a errada, mas os atos, o que fazer,  quando, talvez esperar, ela detestava esse verbo, e assim, em todos os sonhos jogados ao vento, à sorte em que ela não acreditava existir e num destino platônico criado pelos homens, ela esperaria, ela viveria, ela não sabia o que faria, na verdade, e depois de tudo, de quase cansar de tanto pensar, adormeceu . . .  

Giovanna Malavolta

19 de agosto de 2011

* 500 days of Summer


Tom had finally learned, there are no miracles. There’s no such thing as fate, nothing is meant to be. He knew, he was sure of it now.


Queridas aspas,

Como estão?    

Quis escrever uma carta hoje e pensei primordialmente em vocês. Certas coisas cativam-me, tanto gramaticalmente quanto semanticamente em sua essência. Terei então um discurso baseado na sintaxe à vontade *. Sabe, admiro-as por suas diversas capacidades: introduzir estrangeirismos nas prosas e poesias, ajudar na transcrição de textos, falar e expressões de minhas citações preferidas ou mesmo quando indispensáveis nas resposta de vestibular sobre a indecisa interpretação de texto. Ah, aspas, vocês tentam e são as únicas que conseguem, de forma sutil e clara, expressar o subentendido. Isso é tão raro! Às vezes gasto linhas e linhas e minhas entrelinhas não se tornam visíveis o suficiente para serem notadas e os textos acabam por perder suas reais intenções. Outras vezes, acredito que até eu mesma estou entre aspas. Nunca sou aquilo que aparento literalmente, se é que vocês me entendem, há sempre algo a mais. Contudo, ando simples demais... Achando tudo meio indiferente. Ultimamente, antigas amigas, sinto falta da sua companhia. Preciso daquele meu antigo mistério.    

Voltem logo,  
de quem está com saudades.

http://www.youtube.com/watch?v=obGnfvtdA_g

(Giovanna Malavolta)

* Be afraid. Be REALLY afraid .


DESABAFO.

Gosto especialmente das músicas que não falam de amor,
são tão raras.


G.M.

untitle .

Ou você ama ou não.  
O amor não tem muito segredo.  
Difíceis são as convenções, os rótulos, a opinião alheia.  
O amor em si é a coisa mais simples que há.

Giovanna Malavolta

- DESENHOS

- Escreva o que você sente, querida… - Disse a tia, desde sempre muito amiga e disposta a ajudar, à sobrinha, tão pequena diante de seus olhos, tão frágil e inocente. - Eu já volto.   
     Passaram-se alguns minutos, o tique-taque do relógio mostrava à garota como o tempo demorava para passar. Os segundos eram tão lentos quando se para para prestar atenção. Encarou a folha e fez um coque no cabelo com a caneta. Mordeu os lábios como costumava fazer quando impaciente. A tia voltou, com um copo de achocolatado, e um ar de preocupação que logo transformou-se em espanto.  
- Por que a folha está em branco?   
- Porque eu não sinto nada.  
     Num lapso, a tia percebeu que aquela garotinha, já era quase uma mulher, aos dezessete anos, com sonhos jogados ao vento e os olhos molhados. Para ela, continuaria sendo delicada e com brilho nos olhos, mas por enquanto não passava de mais uma com o coração partido.   
- Você costumava escrever para esquecer. - Disse, numa tentativa frustada de despertar um sorriso naquele semblante indiferente.  
- Hoje, é o vazio quem me preenche. Não tenho o que colocar para fora.. O que me falta, é o que colocar para dentro.   
     Levantou-se, soltando os cabelos e escrevendo na folha algo que a tia ainda não consegui decifrar. E eu também não, particularmente.. E você ?  

Menti para mim. Esse foi o único erro.   

E saiu, sem ninguém saber ao certo quando voltaria.  

Giovanna Malavolta

untitle .

Nunca me deixe saber tudo sobre você.  
Meu interesse perde-se diante da monotonia.   
Afinal, livros em que já sabemos o final, perdem a graça.   
Não quero resenhas e, muito menos, resumos.  
Deixe-me descobrir quem você realmente é.  

Giovanna Malavota

13 de agosto de 2011

- ORIGENS

E ela voltou a ser como sempre fora: rodeada por seus pensamentos incomuns, sonhando alto e longe, com seus braços vazios. Sempre achou melhor estar assim, consigo mesma, sabia que suas metáforas por poucos eram entendidas e aceitas. A solidão a ensinou a ser mais forte e não se considerava algo tão bom assim em vidas alheias. Sua intensidade era tão perigosa quanto uma droga, ela costumava entrar, se estabelecer, dar tudo o que poderia e, subitamente, de uma hora para outra, ir embora, deixando aquele que pensava que a tinha sem saber o que acontecia. Mudar de ideia era seu forte e seu mal. Então, por que fazer isso com os outros? E acredite, não era leviandade, apenas inconstância. Seu brilho forte guardaria para um momento especial. O amor? Ela conheceu-o bem de perto, certa vez, chegou até a acreditar que com ele sua opinião jamais mudaria, ela iria até o fim, mas nessa oportunidade única, recebeu um beijo na testa e um adeus após um sonho real. Sentada na escadaria esquecida, retornava a suas conversas com o vento e com sua consciência confusa. Seu problema era pensar demais. Então o romance ela deixaria para aqueles que sabiam realmente amar.

Giovanna Malavolta

8 de agosto de 2011

DESABAFO.

Me deu uma vontade,
de uma hora para outra,
de jogar as roupas numa mala e sair,
sem ter para onde ir,
apenas ir.

G.M.

Don't think, just do .


Don’t ask me what you know I can’t answer. I’m not the same guy which one you met some years ago and fell in love with. I’m just another who lost the way in the middle of the road and still waiting at the board line someone to say: it’s your turn to decide. Your doubts are understandable but even if I try, I won’t light up your face as I used to do. You told me things that you can’t erase, unfortunately I did it by myself. Go and look for your happiness and, certainly, it isn’t in me. And about all your dreams, rely on yourself and don’t think, just do. I wish we could remind each other as the angels we did once lying awake in the snow. Only this sweet memory I could keep in my  mind because is the only one which make me smile instead cry. So, darling, show to the whole world how beautiful you are and when cold thoughts overrun your sleep, take your pillow and hold it tight. You need to be strong, life isn’t easy. My letters? Keep them while they make you laugh, when you realize you don’t need them anymore, send me it back or burn them. I’ll never forget what I said, after all. Don’t stop dancing, believe, you can fly. 

Giovanna Malavolta

6 de agosto de 2011

- LENDA

Ela começou a andar e andar sem olhar para trás, com uma respiração ofegante. Viu a ponte, em meio à escuridão, ao medo e ao cheiro de praia, e decidiu seguir para ver até onde daria. O barulho das tiras de madeira retorcidas arrepiava, mas não conseguiu fazê-la parar. Chegou até o fim, no meio do mar. Aqueles deques comuns dando em lugar algum. Toda aquela imensidão azul marinho, da cor da noite, deixara-a apenas ver as estrelas e a lua no céu. Sentou-se, fechou os olhos e as águas, antes calmas, agora começavam a se agitar. Ondas formaram-se, fortes e altas, pintando um mar bravo e perigoso. O vento também surgiu, esvoaçando seus cabelos e formando um vendaval. Ela só queria esquecer. Por que às vezes torna-se tão difícil o que sempre fora fácil? Já fazia tanto tempo, e ela continuava com os mesmos sonhos, erros e vícios: sua consciência cansada, seu coração pesado e suas mãos vazias. Deitou e tentou contar as estrelas. Elas continuavam a brilhar.. Eram tantas e mesmo assim não conseguiam iluminar seu caminho. A tempestade começou e tudo o que ela conseguia ouvir eram os trovões. A água quente da chuva tocou seu rosto e escorreu por seu corpo. Aquela noite, do farol, pescadores comentaram que nunca antes viram o mar bater com tanta força nas pedras e interferir tanto no rumo dos barcos, um vento fora do comum e do previsto para uma noite calma e quente de verão. Lendas dali surgiriam após o mar destruir todos os deques, deixando apenas um, onde uma garota fora encontrada no dia seguinte, adormecida, como se nada houvesse acontecido. " Tudo isso porque seu amante, o mar, não aguentou vê-la triste e provar o gosto salgado de suas lágrimas. " - é isso o que contam, e dessa vez não se trata apenas de uma história de pescador, mas de um coração partido. 

Giovanna Malavolta

Californication .


Ela fez as malas, entrou no carro e colocou seu cd preferido. Um dia ensinaram-na que para acalmar a mente, nada melhor do que a solidão e seu hit predileto. Cantou o mais alto que pôde e riu de si mesma. Estaciou em cada encostamento, permitido ou não, e fez as pazes com seu espírito diante de tanta beleza. Penhascos, um azul infinito e o silêncio que a fez ouvir seu coração. Colocou as ideias no lugar e decidiu usar a filosofia let it be, sem temer o futuro. Praias desertas ou infestadas de surfistas, cada uma com sua beleza particular. O céu, certas vezes nublado, certas vezes azul e o vento frio que a fez perceber como ela voltara a ser quente. Como ela voltara a ser ela. Uma amante da vida, feliz. Se equilibrou em si, depois de tantos tombos e escorregões em outros. Self confident. Percebeu que era sua essência era mesmo errante, sempre na estrada, sempre distante. Até o dia em que ela encontrasse alguém para lhe parar. Enquanto isso seguiria, com seus sonhos e planos em seu universo paralelo.
Abriu os braços, fechou os olhos e deu um meio sorriso.
Tudo isso perdida em algum lugar da highway 1.

Giovanna Malavolta ( + kid abelha, nada sei )

Coffee to go .








Ela estava ali, sentada sozinha em meio as cobertas, com um lindo céu azul e um verde mar pela janela, e um vazio preenchido por uma música triste cantada para tentar afastar os pensamentos ruins ou ao menos se conformar com eles. Tanto faz, pensou. Levantou, ligou o chuveiro  e encostou a cabeça na parede enquanto a água quente lavava a ‘nostalgia das besteiras que fizera ontem’. Escovou os dentes sem se quer olhar para si mesma no espelho. Se vestiu, dessa vez com um vestido simples, sem sua comum luz radiante. Prendeu o cabelo num coque e dispensou a maquilagem. Calçou suas sandálias preferidas, pretas, combinam com tudo. Deixou o quarto e foi em diração ao hall do elevador. Um casal em sua provável honey moon, encantadores. E ela simplesmente não se importou. A solidão a fez mais forte e todo o amor que ela tinha para dar estava agora calmo, sem pressa de ser compartilhado. Entrou no elevador, deu um meio sorriso ao dizer Good Morning segurando seu caderno. Foi até a cafeteria, nem precisou fazer o pedido, a caixa já sabia o que ela iria querer:Vanilla Frappuccino and a pice of Lemon Cake, right sweetSí, Maria. Foi até o deque e sentiu o vento forte e o sol quente em sua pele. Milhares de pensamentos passaram por sua mente enquanto encarava todas as linhas vazias que ela precisava preencher. A caneta há muito tempo sem ser usada. E todas as entrelinhas que haviam perdido o brilho comum de suas histórias. Fechou os olhos, desejou algo com todo o coração ao franzir a testa e morder os lábios e soltou um longo suspiro. Agora, era só esperar.
Giovanna Malavolta

DESABAFO.

Eu não tenho pressa em viver, tenho urgência,
são coisas totalmente diferentes.
Então não confunda,
amor, 
nada tem a ver com tempo, 
mas sim,
com experiências.


Giovanna Malavolta

Anoiteceu em L.A.




Sentei-me na varanda do décimo oitavo andar e observei cada luz se acender. Numa estranheza pelo horário, já que em casa às cinco e meia da tarde já está escurecendo e aqui a clariada ainda presente às oito horas da ‘noite’. Grandes contruções, uma riqueza incalculável e um poder colérico sobre os saltos altos das madames a desfilar pelas belas avenidas. Mas nada disso realmente chamou minha atenção. As flores, as fontes e osfeelings falaram muito mais alto. O jardim com tantas cores e, provavelmente, tantos aromas diferentes. Flores, as quais um dia eu mandaria todas para você para tentar expressar o meu carinho. A fonte formando desenhos variados e encantadores numa combinação de movimento da água e luzes. Em momentos que eu gostaria de poder compartilhar com você. E os sentimentos, ah os sentimentos… Quando olhei a meu lado e vi a cadeira vazia, fechei os olhos. Desejei realmente ter o poder de quando os abrisse novamente, você estaria ali sentado, com o seu sorriso sincero. Com o seu calor e o batimento mais forte igual ao quando começávamos a falar de amor. Com o seu colo que um dia me fez sentir protegida e inabalável. Notei que em minha mente tranquila, num momento raro, somente você conseguia me esquentar num simples pensamento em meio ao vento frio.Senti saudade. E foi assim, num anoitecer multicolorido, que eu percebi o meu amor por você.
Giovanna Malavolta

DESABAFO.

Me deixe sozinha um pouco, eu preciso pensar. Mas não vá embora, eu quero você aqui. É só uma questão de tempo, alguns dias. Mas dias transformam-se em semanas e semanas em meses. Eu já perdi a conta de quanto tempo faz. Pode ir, eu descobri que consigo seguir sozinha. Você já foi, não é mesmo?! Em algum momento você esteve realmente aqui? Afinal, você nunca me pediu para ficar.

  
G.M.

8 de julho de 2011

- Histórias de filme, filmes de história .

Tenho andado tão atenta que quase sempre me peguei distraída em meio a tantos pensamentos e ponderações. Complicada ascendência em Libra. Pensar, repensar. Sabe garoto, percebi que não quero ter uma história de amor invejável com um roteiro Hollywoodiano ou mesmo um script cheio de coincidências ou um clímax romântico. Eu quero ter a minha história com você, a nossa história e não um tema de filme. Quero poder ficar brava com você, quero o ciúmes fingido, quero dizer que não te quero mais e voltar atrás porque não consigo mais ficar sem você. Quero o silêncio e a compreensão. Quero ser “the lucky one” e não a principal de uma farsa clichê. Quero ser original. Quero ser verdadeira como os filmes de história, em que às vezes acontecem totalmente ao contrário do que o esperado, mas quando dão certo, emocionam. Bom, antes de tudo, quero você no meu colo e me encontrar em seus braços. Quero te mostrar o meu amor, meu amor…

Giovanna Malavolta

30 de junho de 2011

VIII - MALAS


I packed my bags, I'm looking for my peace. I'm going away for a while, and I'll live with every single breath.. and I'll be breathless sometimes. I wanna know all the world, so I have to start. I think I might find a person in this crazy world who makes me feel safe. Yeah, perhaps. Now, that I'm leaving, but that's ok. Everything it's going to be alright. I was thinking about us, and I figured out somethings. Maybe, it isn't the right time. And here, in my heart, I'll let him in. I gave up tryint to understand you or our story. I'm tired of waiting. And don't you dare tell me don't go away if you'd never asked me to stay. So long, 


G. M.

29 de junho de 2011

- DESABAFO.


Hipocrisia é uma das poucas coisas que me cansam e divertem ao mesmo tempo .

Giovanna Malavolta

VII - VELHA INFÂNCIA


Foi uma coisa diferente. É, uma dessas coisas de infância. Quando se experimenta pela primeira vez o melhor milk shake  do mundo ou se equilibra nos patins, até mesmo quando se consegue falar rápido paralelepípedo sem travar a língua. Foi uma coisa diferente. É, uma dessas coisas de criança. Quando se experimenta pela primeira vez o melhor beijo do mundo ou se equilibra em meio a tanta vergonha e timidez, até mesmo quando se consegue falar rápido eu te amo sem travar a língua. A sensação de ser a primeira vez de um sentimento tantas outras vezes já vivido.

Giovanna Malavolta


28 de junho de 2011

- Cavalheirismo, salto alto e a minhoca de metal

"Abaixo ao feminismo!", foi o que pensei hoje enquanto segurava minha bolsa pesada no metrô lotado. Esse papo de homens e mulheres serem iguais é uma mentira absurda. Homens e mulheres têm capacidades iguais, mentais. Contudo, eles são mais fortes sim e se esqueceram de uma palavrinha mágica tão rara quanto por favor ouobrigado hoje em dia: cavalheirismo. Não querendo reclamar, já reclamando.. Não me venha com essa de "Quer que eu segure sua bolsa?" considerando-se o tal por estar sendo educado e pensando ser muito superior aos outros. POR QUE VOCÊ NÃO LEVANTA E ME DEIXA SENTAR?, pensei e "Não, obrigada.", tive que, educadamente, responder. Entendo o posicionamento deles e é até que bonitinho, forçando um pouco a amizade. Quantas mulheres vejo todos os dias cansadas, em seus saltos altos e olhos baixos, trabalhadoras e com dias tão estressantes quanto os queridinhos confortavelmente sentados. Mulheres que estão pensando no que fazer para o jantar e preocupadas se os filhos já fizeram a lição de casa. Mães. Ah, esqueci-me de um detalhe: quando eles fingem dormir apenas para ignorar o mundo exterior e continuar em sua indignada posição de operário. Melhor! Quando esperam até o último segundo para levantar, esperam até a porta de suas respectivas estações abrir para ganharem coragem o suficiente para sair do trem. Vocês, é, vocês mesmos senhores donos da verdade, nós mulheres merecemos respeito e consideração. A meu ver, o fato de estarmos conquistando lugares igualitários, em partes, numa sociedade patriarcal, os fazem considerar que temos que pagar o preço da parte ruim, e assumir os juros dos problemas alheios. Deveria ser proibido homens entre 12 anos e 60 se sentarem nos horários de pico. Minha avó conta que na época dela, tudo bem que os antigos sempre acreditam que tudo era melhor na época deles, menos trânsito, poluição, corrupção, e etc., nos metrôs e trens de São Paulo homens não se sentavam enquanto existissem mulheres presentes. Mas não, estamos em pleno século XXI! E daí? Estamos cansadas, talvez até mais do que as atuais senhoras, e gostaríamos apenas de um descanso de 15 minutinhos. Outro ponto intrigante é notar como, em 90% dos casos (estatísticas retiradas de minha vivência, quase todos os dias presente às 18h00 na estação da Sé) mulheres cedem seus lugares para idosos, pessoas com deficiências, crianças. Além de não conseguirmos consideração, damos nossos lugares de bom grado. Em contra partida eles continuam lá, brincando de estátua num torpor muito mau educado. Então, queridos, pensem nisso. Como vocês querem mulheres delicadas e reclamam sobre nossa independência, se não nos dão alternativas?

Giovanna Malavolta

26 de junho de 2011

* Nicest thing - Kate Nash





All I know is that you’re so nice
You’re the nicest thing I’ve seen
I wish that we could give it a go
See if we could be something
I wish I was your favorite girl
I wish you thought I was the reason you are in the world
I wish my smile was your favorite kind of smile
I wish the way that I dress was your favorite kind of style
I wish you couldn’t figure me out
But you’d always wanna know what I was about
I wish you’d hold my hand when I was upset
I wish you’d never forget the look on my face when we first met
I wish you had a favorite beauty spot that you loved secretly
‘Cause it was on a hidden bit that nobody else could see
Basically, I wish that you loved me
I wish that you needed me
I wish that you knew when I said two sugars, actually I meant three
I wish that without me your heart would break
I wish that without me you’d be spending the rest of your nights awake
I wish that without me you couldn’t eat
I wish I was the last thing on your mind before you went to sleep
All I know is that you’re the nicest thing I’ve ever seen
And I wish we could see if we could be something
And I wish we could see if we could be something.

25 de junho de 2011

VI - RODA GIGANTE

Ela era uma garota da cidade grande, com um sotaque diferente de todos os outros a sua volta. Ele era um garoto do interior, rindo em meio do grupo de amigos e comentando sobre as garotas que passavam. Ela, ao entrar, ficou encantada com todas aquelas luzes, lembrando antigos filmes românticos, com o carrossel e as crianças a rir e todo aquele "quê" de parques de diversões de cidades pequenas. O cheiro da pipoca doce, os grupos de meninas de um lado e de meninos de outro e as trocas inocentes de olhares, a música ambiente. Tudo aquilo a fascinou. Afinal, a única coisa que ela estava acostumada a ver em seu cotidiano era cinza, luzes apenas nos faróis dos carros em congestionamentos e sons de buzinas. Fascinada, esse era o adjetivo. A simplicidade sempre a conquistou de uma maneira inexplicável. Para ele, o adjetivo era entediado. Resolveu ir na fila para comprar ingressos para os brinquedos, não tinha mais nada o que fazer. Reparou na menina a sua frente, vestida de um jeito meio diferente das outras e com um perfume que ele sentiu de longe. Resolveu chegar um pouco mais perto para ver se era dela mesmo. Até que ela, de repente, virou-se, distraída, e encontraram-se de frente. Desculpa, disse assustada, deixando um dos ingressos cair no chão. Nada, ele respondeu. E eles encontraram-se de novo no chão ao irem, ao mesmo tempo, recolher o bilhete caído. Ele se desequilibrou e caiu para trás, ela não aguentou e riu. Levantou e estendeu a mão, para ajudá-lo a levantar. E ele, sem jeito, mal sabia o que fazer. Obrigado, disse limpando a calça suja. Ela virou-se para ir embora e ele não resistiu: Quer dar uma volta? Ela, ainda de costas, sorriu. Sim. Ele comprou a pipoca e ela o refrigerante. Conversaram a noite toda, foram em todos os brinquedos, até sobrar apenas a roda gigante. Vamos? Sim. Lá em cima, as mãos encontraram-se e ela deitou em seu ombro no silêncio. A música da cabine deixou uma sensação nostálgica dentro dela. Ele se aproximou. E ela se afastou, com um sorriso meio sem jeito, dizendo: Me desculpe, mas nessa música não.

Giovanna Malavolta

- Não fale alto comigo.

Sou a pessoa mais confusa que já conheci em toda a minha vida. Para relacionamentos então, nem se fale. E não me refiro a homens, mas pessoas em geral. Amigos, colegas, afins. Sou complicada de entender e pouquíssimas pessoas me encantam. Eu tenho uma coisa que chega a ser quase (ou totalmente) cruel: as pessoas para mim tem prazo de validade. Enjoo facilmente. O medo de perder pessoas em mim não é tão comum. Eu sei seguir sozinha. Egocêntrica?! Quase nada. Raramente interesso-me por quem apaixona-se por mim, prefiro desafios. Mulheres gostam de sofrer. Difícil de agradar, detesto repetir e preciso de momentos meus. Só meus. E não suporto pessoas inconvenientes ou que se acham superiores, seja lá por qual razão. Detesto, detesto, detesto. Outra coisa, não venha discutir comigo sem argumentos sólidos ou somente com seu ponto de vista. Me revolto também com aqueles que não sabem respeitar a opinião alheia e a deles é a verdade absoluta sobre todas as coisas. Menos vai. E gente pobre? Só com muita paciência. Não me refiro, é claro, a questões sociais, mas às pessoas pobres de espírito, sabe? Incomodam-me. É, acho que eu complico um pouco as coisas. Mas o mais engraçado disso tudo, é que ainda sim sei ser simpática. Ultimamente, nem eu sabia que sabia ser tão dissimulada.. E sim, conseguiram me tirar do sério hoje.

G.M.

22 de junho de 2011

- DESABAFO.

O meu único intuito em escrever sobre nós é tentar eternizar sentimentos que nem ao menos as fotografias conseguiriam captar.

Giovanna Malavolta

19 de junho de 2011

procura-se: eduardo.

     O dia em que eu abrir mão de algo por alguém, encontrarei o que tenho procurado. Dizem que quando se ama, perde-se a noção das coisas. Tudo passa a ser possível ao lado daquela pessoa e se arrisca muito mais na vida. Vive-se mais. Eu sempre tive fins de relacionamentos por não querer perder aquilo que considerava de "meu direito". Meu tempo, minha opinião, meus amigos, meus passatempos, meus sonhos. Meus. Por achar que pensar em mim sempre é a melhor opção para não me arrepender num futuro provavelmente frustrado. Por não querer ceder. Eu quero alguém que me faça pensar em "nós". Não sei como ele fará isso, mas se for a pessoa certa, conseguirá. 
     Onde está você, hein? É, você. Aquele que irá me beijar na testa com carinho, reclamar do meu vestido curto do jeito certo, dizer que eu sou linda ao natural, mas maquiada tiro seu fôlego. O mesmo que também brigará comigo devido à minha teimosia e jeito orgulhoso de achar que estou sempre certa, que irá me dar flores e broncas e terá plena confiança em mim, com uma pitada de ciúmes. Você me dará suporte para os meus sonhos, eu darei para os seus e construiremos os nossos sonhos. Você me ouvirá e não será facilmente conquistado para o meu ponto de vista. Na realidade, você discordará de mim na maior parte das vezes, mas no fim me entenderá. Compreenderá que eu tenho defeitos, qualidades e estou longe da perfeição; que às vezes desapareço por algumas horas ou dias, mas eu não deixarei de me importar com você, é só um tempo que eu preciso para refletir sobre o mundo. 
     Por você, serei capaz de deixar meu orgulho de lado e esquecer sobre a minha posição de garota sempre politicamente correta. De senhorita independente e quase detestável. Serei praticamente uma romântica incurável e escreverei textos e textos para tentar te convencer que sou a pessoa certa pra você. Sorrirei ao te beijar porque esse é o meu jeito de ser, e serei a menina mais carinhosa que você terá encontrado em toda a sua vida. Nós discutiremos política, eu assistirei com você ao futebol, ou seja lá o que você gostar, e você irá ao teatro comigo. Aprenderemos um novo idioma e faremos o meu brigadeiro para assistir a uma comédia romântica. 
     Nós poderemos ter um gosto totalmente igual, ou diferente. Quero que nos completemos assim como arroz e feijão. Seremos um casal com conteúdo e não nos importaremos com os comentários dos amigos, porque saberemos que nenhum deles já se sentiu como nós nos sentiremos. É pedir demais? Não tem problema, se alguns conseguem, nós também conseguiremos. Até eu mesma ando meio cansada de ser tão individualista. Quero alguém que me faça perder o medo de amar. O medo de dizer: Eu te amo. Eu quero um amor maior que eu. Você estará disposto a viver tudo isso? Então me encontra, ou deixa eu te encontrar.

hey Eduardo, tem um Mônica aqui esperando. 


Giovanna Malavolta

18 de junho de 2011

V - Rely On.


Rely on. Only for a second, please. I gave up trying to figure out my feelings which you unbalanced. What did you do with me? I need to  have you again.  Think about. I told you to never go away. Did I say this only into my sense? Stay with me. My heart’s lighthouse isn’t working, at least for  now. Can’t you see the yellow light, can you? I can’t breath. Why? You’re messing my mind and all the things whose value I’ve  always been trying to know. Again! It’ll be in a while, about what? More a few years? Everything happened when I  fell in love. It was soft  between your arms and I was feeling so protected. The hours went by quicly  and we got late for ours appointments. Did you feel it too? Someday. Your faraway eyes, your way to make me think of you all the time, your  uncertain words. How can I  forget it? You aren’t here. Who knew? I wish I could make the things right again, but would you willing to try? If someone said you’d be long gone… I know better, because you said: “Maybe, forever”.  Who knew? You’re in all the love songs, all the streets which I walk down looking up your smile, in the frame above my  headboard. It’s nostalgic and complicated. It’s you. And I don’t even know if it’s true.

Giovanna Malavolta