19 de agosto de 2011

Queridas aspas,

Como estão?    

Quis escrever uma carta hoje e pensei primordialmente em vocês. Certas coisas cativam-me, tanto gramaticalmente quanto semanticamente em sua essência. Terei então um discurso baseado na sintaxe à vontade *. Sabe, admiro-as por suas diversas capacidades: introduzir estrangeirismos nas prosas e poesias, ajudar na transcrição de textos, falar e expressões de minhas citações preferidas ou mesmo quando indispensáveis nas resposta de vestibular sobre a indecisa interpretação de texto. Ah, aspas, vocês tentam e são as únicas que conseguem, de forma sutil e clara, expressar o subentendido. Isso é tão raro! Às vezes gasto linhas e linhas e minhas entrelinhas não se tornam visíveis o suficiente para serem notadas e os textos acabam por perder suas reais intenções. Outras vezes, acredito que até eu mesma estou entre aspas. Nunca sou aquilo que aparento literalmente, se é que vocês me entendem, há sempre algo a mais. Contudo, ando simples demais... Achando tudo meio indiferente. Ultimamente, antigas amigas, sinto falta da sua companhia. Preciso daquele meu antigo mistério.    

Voltem logo,  
de quem está com saudades.

http://www.youtube.com/watch?v=obGnfvtdA_g

(Giovanna Malavolta)

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