17 de outubro de 2011

* O Teatro Mágico


Você me bagunça . . 
Você me bagunça e tumultua tudo em mim 
Essa moça ousa, musa, abusa de todo meu sim 
Você me bagunça e tumultua tudo em mim 
E ainda joga baixo, eu acho, nem sei, 
Só sei que foi assim 
Assimila, dissimula, afronta, apronta, diz: "carrega-me nos abraços" 
Lapida-me a pedra bruta, insulta, assalta-me os textos, os traços 
Me desapropria o rumo, o prumo, juro me padeço com você 
Me desassossega, rega a alma, roga a calma em minha travessia 
Outro "porquê" 
Parece que o coração carece e diz: "pára!" 
Silencia. 
Se embrulha e se embaralha, 
Reconsiderar o ar, o andar , nossa absolvição, a escuta e a fala 
Nos amorizar o dia, fio, corredor, a calçada, o passeio e a sala 
Se perder sem se podar e se importar comigo 
Aprender você sem te prender comigo 
Difícil precisar quanto preciso 
Difícil precisar quanto preciso

hey, you .

there's a girl behind this wall who doesn't give a shit . . there's a girl, inside that empty heart, who seems doesn't care at all. you just walked through it, tough. you used to say that I was the strangest and the most different person you had ever seen . . I wish you still feeling the same, in hopes that you wouldn't never let me go away 'cause I'll do my best to make you realize we are perfect for each other. . I don't know what it is . . . all these butterflies or words running down around my head. However, someone told me it calls "love".

1 de outubro de 2011

Pessoas sob medida .

     Gritos e disparos, agitação e sangue, lágrimas e silêncio. Assim se caracteriza o Tratamento Ludovico, abordado no filme "Laranja Mecânica", para consertar mentes deturpadas de acordo com conceitos éticos visando o bem-estar social. Apresenta-se, para os defensores dos direitos humanos, como um abuso, para os conservadores, como uma salvação. Até onde o poder do Estado deve ir entre a individualidade e a proteção de um todo?
     A reintegração social de delinquentes é uma meta ambiciosa para sociólogos e psicólogos. Baseando-se em teorias defensoras de um Estado Constrangedor, como as de Thomas Hobbes, nota-se a criação e tal método sendo uma oportunidade para a inserção do condicionamento clássico na sociedade. Contudo, princípios absolutistas foram derrubados há mais de um século e o Leviatã é visto como algo fora da realidade contemporânea.
     Já ao ver de Emile Durkheim, o fato social molda as pessoas e determina os conceitos que por elas serão absorvidos e praticados. Caso os avanços da medicina na área cerebral sejam eficientes, o poder do Estado poderá desvincular-se de apenas consertos e usufruir de tais técnicas para ditar comportamentos e criar moldes culturais. Dentro de um cenário como esse, a palavra liberdade é banida do vocabulário e a individualidade se esvai. Rasgar o véu tornaria-se apenas uma lenda, uma história sussurrada pelos mais velhos e abstrata para os jovens. 
     Observa-se também o fato de que, por enquanto, os experimentos feitos em jovens assassinos propões a ausência de um futuro violento. Não deveria, o governo, ao invés disso, evitar um presente violento? Programas sociais e auxílio a famílias dilaceradas mostram-se mais plausíveis do que seres humanos sendo usados como ratos de laboratório.
     Investimentos em topos de pirâmides são úteis, entretanto não resolvem problemas de base. Controlar a mente do homem não é algo natural e fácil de ser aceito. Utilizar-se do princípio de que os fins justificam os meios é abrir uma porta a um caminho onde, pouco a pouco, cairíamos em uma realidade de um admirável mundo novo, onde a ridicularização da lobotomia seria uma hipocrisia. 

Giovanna Malavolta,
dissertando.