E ela voltou a ser como sempre fora: rodeada por seus pensamentos incomuns, sonhando alto e longe, com seus braços vazios. Sempre achou melhor estar assim, consigo mesma, sabia que suas metáforas por poucos eram entendidas e aceitas. A solidão a ensinou a ser mais forte e não se considerava algo tão bom assim em vidas alheias. Sua intensidade era tão perigosa quanto uma droga, ela costumava entrar, se estabelecer, dar tudo o que poderia e, subitamente, de uma hora para outra, ir embora, deixando aquele que pensava que a tinha sem saber o que acontecia. Mudar de ideia era seu forte e seu mal. Então, por que fazer isso com os outros? E acredite, não era leviandade, apenas inconstância. Seu brilho forte guardaria para um momento especial. O amor? Ela conheceu-o bem de perto, certa vez, chegou até a acreditar que com ele sua opinião jamais mudaria, ela iria até o fim, mas nessa oportunidade única, recebeu um beijo na testa e um adeus após um sonho real. Sentada na escadaria esquecida, retornava a suas conversas com o vento e com sua consciência confusa. Seu problema era pensar demais. Então o romance ela deixaria para aqueles que sabiam realmente amar.
Giovanna Malavolta
Giovanna Malavolta
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