3 de janeiro de 2010

I - PRIMEIRA PESSOA


   Disseram-me uma vez que eu era uma garota de sorte. Por motivos bons e outros, de meu ponto de vista, fúteis. Escutei certa vez também que não possuía noção disso, e que não era possível que eu acreditasse que a sorte, nada era. Afinal, ela estava explicitamente presente em minha vida. Mas para mim poucas coisas, porém não desimportantes, vieram através da 'sorte'. Ou, na minha realidade, do acaso. Todas as outras, eu lutei para conseguir. Minhas amizades foram produto de longas conversas. Não conquistei confianças em um olhar. Minhas pilhas de livros foram tardes de leitura. Não os coloquei embaixo do travesseiro e li enquanto dormia. Meus textos, simples pensamentos transmitidos para o papel. Uma facilidade talvez, como todos possuem com algo. Meu amor pela vida, a felicidade de sentir que posso pedir desculpas. O orgulho nem sempre é um bom aliado. Meus acertos, frutos das correções dos erros. Nada adiantaria esquecer as vezes que caí. Entre diversas coisas. Já chorei de alegria e por alguns momentos acreditei que o mundo fosse acabar. Encontrei minha sintonia e formas de me desligar. E a minha perseverança, nada mais é que incansáveis tentativas de viver a vida como ela deveria ser e não como ela é.. Afinal, viver a vida como ela é, é a maior loucura de todas. Mas, o que é a loucura?


Giovanna Malavolta

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