29 de maio de 2011

- Leite com café .


Se eu fosse dizer tudo o que penso, seria perigoso demais. Eu não sou comum, você não é comum. Cheguei certa vez a pensar que eu não era boa o bastante para você. Acredita? É, por você parecer sempre tão mágico e imponente. Tão mais forte do que eu. Irônico. Quase um ponto de interrogação intrigante. Você não é uma pessoa fácil de amar. Fácil, é se apaixonar por você, tanto que sei que não sou a única, mas esse seu gênio é um tanto quanto traiçoeiro para lidar. Contudo, há alguns dias, fiz uma coisa bem de menina. É, algo que você até poderia tirar sarro e dar aquele sorriso que deveria me irritar, mas só me conquista mais. Peguei a agenda de uma amiga, que em cada dia contém uma frase diferente, pensei em você, e abri. Estava escrito exatamente assim: As pessoas mais difíceis de serem amadas, normalmente são as que mais precisam de amor. (Filme: Amor Além da Vida). Refleti. Essas coisas quando dão certo, quase me arrepiam. Apostei, contrariada, todas as minhas fichas em você. Estamos jogando o jogo do amor, que raramente elege ganhadores. A única coisa que muda, é o tipo do fim: bom ou ruim, jamais aceitável. Estou com um pressentimento triste, mas tudo bem. Vou guardar na memória o que foi bom, nem que seja como uma simples lembrança. O resto jogarei fora. Eu sou assim. Me tranquilizo por ter a total certeza que dessa vez não fui eu que errei. Infelizmente, você se tornará comum diante dos meus olhos molhados. Seu brilho irá apagar-se lentamente em meu coração. E na minha mente, vou me convencer de que não era para ser. Quando isso acontecer, os meus olhos secarão. E, um dia desses quando eu tomar coragem, voltarei a jogar. Afinal, eu fiz valer a pena, e é isso o que importa. Gota a gota, voltarei a acreditar. Gota a gota, voltarei a deixar o amor entrar. 

Giovanna Malavolta

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