1 de maio de 2011

III - LÍRIOS

      Às vezes, mas só às vezes mesmo, ela se sentia sozinha. No começo não era fácil. Não sabia como agir, como cumprimentar, como demonstrar afeto. Eles não eram de abraçar, já aqueles davam três beijos sempre que a viam. Entretanto, por incrível que pareça não é tão ruim assim. Esse sentimento vem com um mundo totalmente novo. Dentro dele encontram-se pessoas com hábitos, manias, atitudes e formas totalmente diferentes dos seus. Com o tempo a convivência mostrou que culturas podem viver juntas sem problemas e em paz. Deixou explícito para ela que jovens são jovens, em qualquer lugar do mundo. Ao sentarem, aquelas doze nacionalidades, na mesa da praça de alimentação e todos comendo comidas à moda de seu país, ela sorriu. Viu com seus próprios olhos que todos eles, não tinham problemas para se comunicar ou ignoravam uns aos outros por algum tipo de "revanchismo" ideológico. De um lado um jardim de lírios amarelos, sua flor preferida. Do outro, um de jovens. Eram jovens. Cada qual com seu sotaque, jovens inventando um novo inglês

Giovanna Malavolta

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