. . . eu te respirar. ( Soprano - O Teatro Mágico )
São cinco horas da manhã e ela bate na porta. É, uma moça chamada inspiração. Ela vem me contar sobre as histórias que dão origem aos textos, às poesias e melodias para formar canções.. A todas as formas de expressão. Disse-me, como um sussurro, que textos felizes alegram o dia. Contudo, os tristes mudam perspectivas de vida. Estes têm o efeito da reflexão. Aqueles apenas de uma dosagem a mais de felicidade. É verdade, sem tristeza não há poesia. Ela me disse também que poetas, escritores e músicos mentem sobre os sentimentos, nem sempre escrevem com o coração e a razão muitas vezes gosta de palpitar. Disse-me que arte pode ser também o que eu faço. Textos livres, feitos com a emoção. E que ela sabe que não sei mentir tão bem assim. Sabe que as palavras são meu esconderijo alternativo. Tocou também no assunto de quando reclamo mentalmente por ela simplesmente desaparecer: "Inspiração, onde está você?". Ela riu. Confessou-me que não gosta de ser obrigada a "bater o ponto", ou mesmo de responder quando estou perdida. Também diverte-se ao me ver tentar escrever sem uma verdadeira razão, quando paro em frente ao computador e nem mesmo uma simples frase consegue sair. Contrariada disse: Não apareço sem sentimento. Refleti. Tentar escrever por escrever não é arte. E fora da arte a inspiração é desnecessária.
Foi uma conversa rápida, nada muito demorado. Por meio desses pequenos segredos me ensinou um pouco mais sobre o que eu mesma faço... Como me expressar melhor. Como ela sempre estará junto de mim quando eu sentir e precisar passar para o papel. Ela está presente nas coisas simples. Nos sorrisos singelos. Nos sentimentos verdadeiros. No amor, na dúvida, nas cores. Em tudo.
Giovanna Malavolta
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