Como assim?! Até o site Pensador, da Uol, (é, aquele mesmo. Aquele que sempre aparece na primeira busca do google e tem um monte de coisa errada e mesmo assim você copia e usa nas suas frases de efeito, nick, subnick, perfil do orkut, ou "No que você está pensando agora?" do facebook, seja lá onde você use citações...) está com um link especial para o dia dos namorados. Corações pra cá, corações pra lá. Shoppings com decorações de cupido e rosas vermelhas. Promoções e combos de tudo o que você possa imaginar, desde viagens até pacotes em spas, para pombinhos apaixonados. Tudo gira em torno disso agora? Falta de criatividade... Músicas românticas com mais acessos nos sites, e assuntos como:
- Ai gente, eu não sei o que dar pra ele. Uma roupa, um perfume?
- Perfume não, amiga! Quando acaba, acaba o amor!
Melhor ainda:
- Comprei 112536 presentes, será que está bom?
- Acho que sim, não se esqueceu do cartão, certo?
Sim, acredite, eu já escutei isso e mais um monte de blá blá blá. Quanta burocracia. Mas pior do que essa melosidade toda, são os solteiros marcando as baladas para sair e se achando muito mais superiores do que os apaixonados. Hello?! Queridos, vocês estão sozinhos. E solidão não é algo para se orgulhar tanto assim, menos, por favor. Dia 12 de junho para esses "privilegiados" é o dia da curtição. É, naquela vibe do pega e não se apega, sabe? Nossa, quanta maturidade. Dá até gosto. E de brinde vem a ressaca de amor depois, que eu aposto que acontece. Você vai, beija todos, não se lembra do nome de metade, chega em casa e dorme até o meio dia do dia seguinte, acorda, nem troca de roupa e afoga todas as mágoas num pote de sorvete assistindo Um Amor Para Recordar ou Diário de Uma Paixão. Com a maquilagem toda borrada, de charme. Acertei?
Contudo, essa revolta tem fundamento. Eu não estou em nenhum dos dois grupos. Pronto, falei. É dor de cotovelo mesmo, não estou nem aí para o que você irá pensar. Conhece esse relacionamento moderno, conhecido como "Em Cima Do Muro"? Não? Eu também não conhecia, mas para tudo há uma primeira vez. Juro que detesto a pessoa que lançou a moda: ficar. Odeio. Odeio. Odeio. Não há porquê comemorar o dia dos namorados, afinal, nós seres irracionais, participantes desse novo grupo de status de relacionamento, não namoramos. Sem namorados, sem dia dos namorados. Logicamente, esse é o raciocínio. ENTRETANTO, também não temos porquê sairmos para a balada e pegarmos geral. Muitas vezes, além de não podermos fazer isso, não queremos. Não vejo necessidade disso, porque quando se gosta, a pessoa é o suficiente. Somente ela basta. Que maravilha não? É o tipo de dia que eu pretendo passar inteiro dormindo para evitar náuseas com as demonstrações públicas de afeto nas redes sociais. E também não ter tentações induzidas de sair e mandar o mundo inteiro para o inferno. Casais que vivem em guerra no dia dos namorados simplesmente se amam forever and ever. Cala a boca. Até ontem vocês estavam jogando verdades um na cara do outro, e agora, passada a meia noite é: Vamos deixar isso pra lá, eu te amo. Me poupe, vai. E vocês solteiros, criem um pouco de vergonha na cara e ao invés de ficar se enganando por aí, vá encontrar um amor.
Giovanna Malavolta
* Texto feito num momento de revolta sobre essa palhaçada hipócrita de datas comemorativas.
- Ai gente, eu não sei o que dar pra ele. Uma roupa, um perfume?
- Perfume não, amiga! Quando acaba, acaba o amor!
Melhor ainda:
- Comprei 112536 presentes, será que está bom?
- Acho que sim, não se esqueceu do cartão, certo?
Sim, acredite, eu já escutei isso e mais um monte de blá blá blá. Quanta burocracia. Mas pior do que essa melosidade toda, são os solteiros marcando as baladas para sair e se achando muito mais superiores do que os apaixonados. Hello?! Queridos, vocês estão sozinhos. E solidão não é algo para se orgulhar tanto assim, menos, por favor. Dia 12 de junho para esses "privilegiados" é o dia da curtição. É, naquela vibe do pega e não se apega, sabe? Nossa, quanta maturidade. Dá até gosto. E de brinde vem a ressaca de amor depois, que eu aposto que acontece. Você vai, beija todos, não se lembra do nome de metade, chega em casa e dorme até o meio dia do dia seguinte, acorda, nem troca de roupa e afoga todas as mágoas num pote de sorvete assistindo Um Amor Para Recordar ou Diário de Uma Paixão. Com a maquilagem toda borrada, de charme. Acertei?
Contudo, essa revolta tem fundamento. Eu não estou em nenhum dos dois grupos. Pronto, falei. É dor de cotovelo mesmo, não estou nem aí para o que você irá pensar. Conhece esse relacionamento moderno, conhecido como "Em Cima Do Muro"? Não? Eu também não conhecia, mas para tudo há uma primeira vez. Juro que detesto a pessoa que lançou a moda: ficar. Odeio. Odeio. Odeio. Não há porquê comemorar o dia dos namorados, afinal, nós seres irracionais, participantes desse novo grupo de status de relacionamento, não namoramos. Sem namorados, sem dia dos namorados. Logicamente, esse é o raciocínio. ENTRETANTO, também não temos porquê sairmos para a balada e pegarmos geral. Muitas vezes, além de não podermos fazer isso, não queremos. Não vejo necessidade disso, porque quando se gosta, a pessoa é o suficiente. Somente ela basta. Que maravilha não? É o tipo de dia que eu pretendo passar inteiro dormindo para evitar náuseas com as demonstrações públicas de afeto nas redes sociais. E também não ter tentações induzidas de sair e mandar o mundo inteiro para o inferno. Casais que vivem em guerra no dia dos namorados simplesmente se amam forever and ever. Cala a boca. Até ontem vocês estavam jogando verdades um na cara do outro, e agora, passada a meia noite é: Vamos deixar isso pra lá, eu te amo. Me poupe, vai. E vocês solteiros, criem um pouco de vergonha na cara e ao invés de ficar se enganando por aí, vá encontrar um amor.
Giovanna Malavolta
* Texto feito num momento de revolta sobre essa palhaçada hipócrita de datas comemorativas.
nossa, acho que você só consegue desabafar assim em textos. Nunca presenciei esse tipo de revolta, eu acho. Mas parabéns, arrasou. Vou levar isso comigo o resto da vida. rs
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