2 de abril de 2011

- Sorte, matemática e uma pitada de amor

       Ao pensar nos fatores necessários para que um amor dê certo seguem listas imensas e intermináveis de livros de auto-ajuda, esoterismo de todos os tipos e espécies, e promessas independentemente da religião. Horas a fio gastas: lendo "Comer, rezar e amar"; procurando na internet numereologia, horóscopo, compatibilidade dos signos e simpatias; e novenas, velas e prometer ficar um ano sem comer chocolate caso aquele  homem, que você nem conhece direito, vir e dizer que te ama. 
    O que não é plausível e gera uma frustração generalizada é que mesmo você fazendo todas essas coisas, descobrindo até mesmo os ascendentes, nada funciona. E como diria Cazuza: "O nosso amor a gente inventa pra se distrair e quando acaba a gente pensa: Ele nunca existiu.". E aquela ridícula que nunca moveu um grão de areia para conquistá-lo, consegue intrigá-lo num piscar de olhos. Solução: sentar e chorar.
      Algebricamente falando, um fator indiscutível de acordo com René Descartes é a Matemática. Ela e, somente ela, é capaz de nos direcionar à verdade absoluta. Filosófico, não? Ele diz também que os sentimentos são um campo duvidoso para a percepção da realidade, portanto, não-confiáveis. Baseando-se nessa linha de pensamento, abordemos um tópico, chamado de probabilidade. Querida, caso ele não tenha uma boa reputação, informe-se e faça o cálculo, use o número como sendo Nt (número de elementos traídos) e agora divida pelo espaço amostral (número de namoradas). Se essa conta der 1, portanto, 100%. Uma probabilidade maior do que 75% é digna de reavaliação do indivíduo. Alguma dúvida de que ele não mudou? Ou algum resquício de confusão sobre a fidelidade do seu príncipe encantado?
      Amor, amor. É como aquele tempero mágico que só você sabe colocar e deixar aquele macarrão indescretivelmente delicioso, mas que se errar a dose acaba com o jantar. Com o amor é mais ou menos a mesma coisa. Nunca demais, nem de menos. Uma pitada apenas para dar gosto ao prato principal. Um pitada apenas para dar vida ao sonho. 
     No fim, sem querer desanimar, frustar ou mesmo desvirtuar os amantes de plantão, o amor é algo platônico. Não importa o fato de você ser correspondido ou não, mas como já dizia Platão, a perfeição só existe no campo das ideias. Um universo que nós meros mortais não possuímos acesso. Então, deixe de ler "Homens fazem sexo, Mulheres fazem amor" e compreenda: para conseguir fazer funcionar, tentar, é uma receita composta de pura sorte, matemática e apenas uma pitada de amor. 
Não acha? 
Giovanna Malavolta

Nenhum comentário:

Postar um comentário