17 de abril de 2011

V - MONOTONIA

Quando as cores começaram a não se diferenciar mais, os cheiros a desaparecerem e os gostos a tornarem-se insossos algo está incompleto. Os horários são sempre os mesmos e a vida torna-se automática. Os sentimentos são perdidos. O tato já não é mais um sentido. O olhar limita-se as mesmas imagens e lugares... Até que Ele, mesmo imerso em toda essa monotonia, a viu passar. Os olhos verdes o encantaram. O cabelo loiro brilhou dentro de um cenário em preto e branco e não o deixou esquecer de toda aquela magia. Refletiu: "É ela.". Seguiu-a por alguns metros, e perdeu-a de vista. Continuou. Quando a reencontrou, parou. Lá estava ela, rindo alto, nos braços de outro homem.


Giovanna Malavolta

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