O primeiro do menor mês. O mês do carnaval, que hoje infelizmente é apreciado de maneira um tanto quanto sem arte em certas questões; Apelos desnecessários se é que entendem. O mês das festas e praias. Das marquinhas de biquíni e os amores que não sobem a serra. O mês do reinício das aulas e toda aquela rotina imposta e intocável não tão legal assim. O mês em que começam a entregar todas aquelas folhas na escola que nós sempre juramos que foram abduzidas antes mesmo de chegar em casa. O mês de outras fantasias. O mês que ela mais gosta e ao mesmo tempo, em seu começo, é o que se encontra mais azeda. Talvez seja o inferno astral. Essas constelações nunca pegam leve com ela. Talvez sejam as pessoas chatas que ela reviu na escola. Que, provavelmente, muitas até o fim do ano serão grandes amigas suas. Talvez sejam os hormônios (Ouçam os conselhos das mulheres: elas de tpm são O terror). Talvez sejam as chuvas constantes que abriram o mês. Ela anda chateada, sente falta dos dias de céu completamente azul. E, justo nesse mês que é o mais curto, todos os dias não poderiam ser lindos? Fechados apenas por uma garoa, os beijos na chuva são os que ela mais gosta. Assim como os banhos. E ela sabe que quando piscar esse mês terá acabado. O carnaval já terá passado. Os amores terão passado e a cor da pele estará também desbotada. A rotina já estará acomodada, mesmo incomodando. Sua taxa hormonal estará nos conformes. O inferno astral terá passado e ela será mais velha. Isso tudo até que as águas de março cheguem e fechem o verão. Ou talvez o abram, afinal o tempo não é algo tão previsível assim nesses últimos tempos. Tempos em que a natureza não está feliz. // Ano de ela começar a pensar no que está acontecendo no mundo. Ano de crescer. Ano do mundo aprender. Ano do mundo se tocar.
Será que é tão necessário assim ter um ano dedicado a isso para notarem que algum detalhe está errado?
2010 - Ano Internacional da Biodiversidade
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