28 de junho de 2010

IV - DON'T WORRY

     "- E o medo, a ansiedade?! - Replicaram.
    - Não se preocupe. Ela está pronta. Sempre esteve."

   Em toda aquela história, Ela nunca esteve sozinha. Ele entrou em sua vida a pouco tempo, mas um Outro está faz mais ou menos alguns muitos anos. Um dos poucos, é, daqueles poucos que ela conseguiria contar nos dedos, que sempre a apoiou.  Tanto em seus sonhos mais simples como escrever e criar sua própria história, até os mais difíceis, como ir morar abroadUm alguém como uma luz. Entretanto, ela nunca foi de demonstrar verbalmente seus sentimentos. Bem, nunca foi de assumí-los, ou qualquer outra coisa do tipo. Mas sabia que ele era do tipo que ela levaria consigo para o resto da vida, independentemente de onde estivesse. Na carteira ao lado, ou a quilômetros de distância. E quando o destino os separou da rotina cheia de brigas, ela sentiu saudade. Sentiu falta dos free hugs e dos carinhosos "Bom dia, minha flor." Sentiu até mesmo falta de suas retrucas como: "Só se for o seu.", quando estava irritada ou quando o namorado não ainda havia mandado nenhuma mensagem. E ele ria dela, como o de costume. Mas o mais engraçado de tudo, foi quando ele conseguiu uma namorada. Ao primeiro momento ela enfureceu. Ele era SEU irmão. Um dos homens que ela nunca dividiria na vida. "Como assim? Você só pode estar brincando!" E o medo de perder o contato também apertou seu coração. Ele amaria mais a outra do que ela, e isso era depressivo. "Como sempre, você com seus exageros quase nada dramáticos." Era verdade. Ao segundo momento ela pulou de alegria e começou a achar a ideia um máximo. Agora eles poderiam sair a quatro, e Ela teria uma cunhada!  E o mais importante de tudo. Ele estava feliz. Um modo que ela em todo esse tempo nunca presenciara. Ela estava feliz. Realizada. Mesmo com as fronteiras e empecilhos, ele continuava lá. Ela sabia disso, e num lapso do momento, em tanto tempo ela respondeu numa breve conversa: "Também amo você." Diga-se de passagem que quando crianças ele costumava zombar, arrancar sua tiara preferida e esnobar o laço nela presente. Já ela, desde muito cedo imponente e acreditando ser a dona do mundo, acertava-lhe a lancheira. Ele era o tipo que ela pedia todos os dias a todos os céus para que sumisse, mas que estivesse protegido. Era seu melhor amigo. Mas isso são assuntos passados. Assuntos de infância. Assuntos de dez anos atrás. 

Giovanna Malavolta

   

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