Eu nunca me vi esperando por alguém ou pensando em um futuro com algo a mais do que minha personalidade errante, minha individualidade orgulhosa e meus planos egoístas. Sempre imaginei que o amor fosse um conto de fadas, uma criação das pessoas para simplesmente se fazerem um pouco mais felizes apoianhando-se em outras por não conseguirem isso sozinhas. Uma grande perda de tempo, não? Mais ou menos como diria Cazuza: “O nosso amor a gente inventa pra se distrair, e quando acaba a gente pensa: ele nunca existiu.” Mas, de uns tempos pra cá, uma cachoeira de sentimentos desabou dentro de mim. Me peguei discordando de minhas certezas e minhas previsões sempre tão certas de si. Me peguei pensando em você. Pensando em uma palavra que me apavora, ou costumava fazer isso, (nós). Sabe, não sei viver pela metade. Eu nunca soube e não seria agora que isso iria acontecer... Meia felicidade, meia tristeza, nada que não seja completo me satisfaz. Então, não existe meio amor, se é que ele existe. Mas eu não tenho certezas, a racionalidade nessa história foi embora há algum tempo já. Tenho sentimentos. (Acredite, eu não consigo me ver dizendo coisas assim.) São eles o suficiente pra você? Hoje não posso te oferecer muito mais do que solidão e um sorriso distante, mas amanhã, ah se eu puder voltar para você amanhã garoto, eu faria tudo o que eu gostaria que fizessem por mim. Você invade todos os lugares aonde vou, e todos os pensamentos. As músicas de amor, tristes ou felizes, as de saudade, meus planos, minhas ações, minhas noites de sono. Um motivo para eu ser uma pessoa melhor sem ao menos perceber isso. Uma vontade incontrolável de acordar com você se mexendo na cama e de usar as suas roupas pra dormir. Roubar sua camisa preferida e ser sua inspiração. Andar de mãos dadas. E saber os seus detalhes, todos eles. Coisas que eu sinto por você. E uma saudade, ah, nela nem vou tocar . . .
Mas, me diz, é isso o que chamam de amor?
Giovanna Malavolta
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