Afinal, o que exatamente é o tempo? Tantas datas, dias, horas e horários para controlar a vida. Se pararmos para perceber são apenas números. Números, números. Como deixá-los dominar nossa própria existência? Como permitir que eles nos digam o quanto e como comer. E melhor do que isso. Bem melhor. Como aceitar a ideia de que nossos corpos agora que precisam se moldar para entrar nas roupas e não o contrário? As fitas métricas saíram das costureiras, que nem sabemos se ainda existem, e foram para as casas das sonhadoras por um físico de manequim. As réguas há tempos são utilizadas com a maior frequência possível, metros, centímetros, milímetros... E a matemática tratou de explicar as curiosidades e verdades que, num tempo não tão tão distante, eram chamadas de "vontade de Deus". Conseguiu criar polêmicas e desacordos entre religiosos e cientistas. Essa mesma matéria que consegue englobar além de números em suas infitas fórmulas letras, algo que não faz sentido, começou a ditar as regras do mundo. Começou, assim como para controlar as máquinas, instalar sistemas nas pessoas. Torná-las automáticas. Taxas, contas ao fim do mês, salários, orçamentos, tempo de espera, urgências. E começou a sistematizá-las através de suas letras. Sempre os mesmos discursos, declarações, desculpas. Os números tomaram conta do mundo. E seu desenvolvimento tecnológico agora domina aqueles que os dominavam.
E como a banda "Engenheiros do Hawaii" diria,"E eu, o que faço com esses números?"
Giovanna Malavolta
E como a banda "Engenheiros do Hawaii" diria,
Giovanna Malavolta
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