![](https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEh4pljbSIXOclTJQaNHZ_bHsq2nXmaCL06Vr_2ed5z408UWRbUrDsUpp0rHZvBgDVcQg1WACpewnmMhhUYtb_uyFOwfxQcma2sq0iKkSsrr_2iz7XD8erXFc2WQro3QIZ7PhNsnXPENu6c/s320/90339272.jpg)
Ela, pronome. Ela, quem? Ela, estranha! Ela, talvez...
Ela escreveu um texto, inspirada pela estrela do dia. Durante o crepúsculo, mais exatamente. Percebia os raios de luz por entre as nuvens. E via a beleza singela que aquilo explicitava. Parou para pensar, afinal era ela. Abriu a janela e sentiu o vento por seus cabelos. Seus pensamentos voaram em roda, juntos das borboletas brancas que por sua janela passavam. Ela viu o azul do céu, e as infinitas nuvens suspensas nele. Os desenhos eram diversos, uma boca, um beijo; um beija-flor? Nesse instante lembrou-se de um alguém o qual fazia sua respiração falhar. Permaneceu um momento nesse êxtase. Depois retornou aos giros das borboletas, agora eram brancas e amarelas. A luz diminuía. De um lado o começo da noite; do outro, no horizonte, um fio do dia. Debruçada na janela sorriu. E riu. Ela, feliz. Ela perdia-se de si. De repente, ela se viu com a caneta na mão, sobre o caderno em branco. Piscou. A janela estava fechada, já anoitecera. Sonhara. Ela contou seus segredos às estrelas que brilhavam na noite. Justo ela que nunca escrevera um texto citando o amor.
Giovanna Malavolta
Giovanna Malavolta
Nenhum comentário:
Postar um comentário